Arquivo da categoria ‘Negócios & TI’

Por Redação do IDG Now!

Publicada em 10 de maio de 2011 às 07h07
Atualizada em 10 de maio de 2011 às 15h11

Compra da empresa de telefonia por esse valor é o maior negócio na história da Microsoft; pagamento será em dinheiro.

A Microsoft acaba de anunciar a compra da Skype, empresa de telefonia online, por US $ 8,5 bilhões, em dinheiro, em operação planejada por um grupo de investidores liderado por Silver Lake.  Segundo o comunicado oficial, a Skype vai se tornar uma nova divisão de negócios dentro da Microsoft, Skype e CEO Tony Bates vai assumir o cargo de presidente da Microsoft Skype Divisão, reportando-se diretamente a Ballmer.

A aquisição reforça o poder da Microsoft na Internet, em um momento em que ela está lutando para ter mais força no mercado consumidor, diz uma reportagem do The Wall Street Journal. Segundo a própria Microsoft,  aumenta também a oferta de acesso a vídeo em tempo real e comunicação de voz para os consumidores e usuários corporativos e as possibilidades de geração de novos negócios e receitas. A combinação irá estender o tipo de comunicação oferecido pelo Skype à plataforma de colaboração em rede da Microsoft, reforçando simultaneamente a atual carteira de produtos da gigante de Redmond.

Antes da Microsoft, a Skype também chegou a ser alvo de empresas como Facebook, Cisco e Google, de acordo com rumores do mercado.

Em agosto, a Skype anunciou que havia apresentado à Comissão de Valores Mobiliários (SEC) uma proposta para sua oferta pública inicial (IPO). A empresa colocou esses planos em espera após a nomeação, em outubro, de um novo executivo-chefe, Tony Bates, ex-vice-presidente sênior da Cisco.

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Atualmente, a empresa era controlada por um grupo de investidores que inclui, entre outros, a empresa de comércio eletrônico eBay e os fundadores do Skype, Niklas Zennstrom e Janus Friis. E apesar de ser uma marca bem reconhecida da Internet entre os utilizadores online, teve prejuízo no ano passado. Faturou US$860 milhões, com US$264 milhões em lucros operacionais, mas ainda assim perdeu US$7 milhões, de acordo com o WSJ. No final do ano, a empresa tinha US$686 milhões em dívidas de longo prazo.

Estratégia
A compra do Skype representa o maior negócio da história da Microsoft. Em 2007, a empresa da Redmond pagou cerca de US$ 6 bilhões pela aQuantive, do setor de publicidade online, um valor que muitos executivos da MS consideram exagerado. No entanto, muitos ficaram aliviados com a desistência da proposta de US$48 bilhões pelo Yahoo, há cerca de três anos. Atualmente, o Yahoo vale metade disso.

De acordo com os analistas, a Microsoft poderia acrescentar os recursos de telefonia online do Skype ao sistema operacional Windows Phone 7, que patina na disputa contra o iOS, da Apple, e o Android, do Google. Além disso, a tecnologia de voz sobre IP seria empregada no Lync, um software da mesma divisão que produz o Office, que une email, instant messaging e voz em uma interface única.

Mas, segundo a empresa, além do Windows Phone a Skype vai oferecer suporte a dispositivos como o Microsoft Xbox e o Kinect, e uma vasta gama de dispositivos do Windows. A empresa também conectar usuários do Skype com Lync, Outlook, Xbox Live e outras comunidades.

Importate: a Microsoft continuará a investir e apoiar os clientes Skype em plataformas não-Microsoft.

Falando em nome do grupo de investidores que venderam o Skype para a Microsoft, Egon Durban, diretor da Silver Lake, disse: “Estamos entusiasmados com a transformação da Skype durante o período de nossa propriedade e gratos pelo extraordinário empenho de sua equipe de gerência e os empregados. Estamos muito animados sobre o futuro de longo prazo da Skype com a Microsoft, que a posiciona com uma das plataformas mais dinâmicas e abrangentes do mundo das comunicações “.

A aquisição está sujeita a aprovações regulatórias e outras condições de fechamento habituais. As partes esperam obter todas as autorizações regulatórias necessárias ainda este ano.

Para vice-presidente da A.T. Kearney, os fornecedores tradicionais terão problemas para sobreviver ao novo cenário de outsourcing.

Na perspectiva de Arjun Sethi, vice-presidente da consultoria A.T. Kerney, em cinco anos, o outsourcing (terceirização) dos produtos e serviços de TI, pelo menos da forma que conhecemos hoje, vai desaparecer. “Novos players, que ainda não entraram no mercado, irão dar as cartas nesse segmento”, avisa Sethi.

O consultor faz essa afirmação com base nas previsões de uma reconfiguração em massa do setor de terceirização. A mudança será provocada, em grande parte, pela disseminação da cloud computing (computação em nuvem).

Em um futuro não muito distante, o especialista vê que o mercado de outsourcing será dominado por empresas como Amazon e Google, além de nomes ainda desconhecidos. Enquanto isso, os fornecedores tradicionais de serviços terceirizados, como HP, Dell e Xerox, terão grandes dificuldades para sobreviver ao novo mercado.

Durante entrevista exclusiva à CIO/EUA, Sethi fez uma análise do que será o setor de outsourcing de TI em um futuro não muito distante.

CIO:: Não seria um exagero falar na morte do outsourcing de TI?

Arjun Sethi:: Acredito que não. Estamos acostumados a conceber a terceirização tradicional de TI com acordos firmados em longo prazo e que incluem o desenvolvimento e a manutenção de códigos customizados. Isso funciona, até hoje, a cargo de uma legião de programadores e exige a integração local. Nesse sentido, acho que estamos rumando em outra direção. Acredito em um novo modelo, no qual os fornecedores de outsourcing vão oferecer soluções padronizadas e baseadas na demanda. Para tal, é provável que combinem vários modelos de terceirização dos processos de negócio (BPOs) com a tecnologia da computação na nuvem.

Com base nesse modelo, os clientes poderão contratar outsourcing de todos os processos comerciais e pagar apenas pelo contingente de serviços usados.

CIO:: Mas os fornecedores de serviços terceirizados já não estão se preparando para cloud computing?

Sethi:: Nos últimos dois anos, vimos uma série de empresas investindo na aquisição de toda a indumentária necessária para sobreviver aessa mudança e para criar um novo modelo de negócios para a indústria de outsourcing. Estou falando de hardware e de conectividade que possibilitam executar serviços de rede e de armazenamento. Também entram nessa relação softwares que possam ser posicionados em plataformas partilhadas no ambiente da nuvem.

Isso demanda, no entanto, fôlego financeiro para implementar um modelo de cobrança baseado na demanda real. Esse é, na minha visão, o passo preeliminar rumo ao que chamo de revolução no mercado de BPO e terceirização da TI, em geral.

CIO:: E por que as provedoras tradicionais estariam em perigo?

Sethi:: Essas organizações não estão entendendo a mensagem. Elas, de fato, realizaram alguns investimentos. Mas ainda lhes resta muito a fazer se quiserem ter retorno sobre os milhões de dólares que injetaram nas recentes aquisições.

Leia mais na CIO.

(Stephanie Overby)

Ashlee Vance

Ray Ozzie, arquiteto-chefe de software da Microsoft, se irrita quando lhe perguntam se as pessoas acham excitantes as novas versões dos principais softwares de sua companhia – como o Windows e o Office. “É tremendamente excitante”, ele exclama defensivamente, se virando em sua mesa de escritório e sacudindo as mãos. “Você está de brincadeira?”

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Normalmente quieto e cerebral, Ozzie ocupa um escritório espaçoso na matriz da Microsoft, que parece uma mistura de showroom da Ikea e museu de computadores. Suas prateleiras e mesas estão arrumadas e um dos primeiros computadores pessoais fabricados pela IBM fica centralizado como um artefato sobre uma longa estante atarracada.

Quem dera o mundo – ou pelo menos o mundo dos negócios – fosse tão imaculado e primorosamente organizado. Mas Ozzie e seus colegas da Microsoft reconhecem, claro, que muito pouco no universo da tecnologia permanece imutável. “Como é mesmo a fala daquele filme velho Noivo neurótico, Noiva Nervosa? Relacionamentos são como tubarões; ou eles avançam ou morrem”, disse Steve Ballmer, chefe-executivo da Microsoft. “Bom, as companhias de tecnologia também ou avançam ou morrem. Elas se tornam menos relevantes.”

E segundo Ozzie, entramos em uma era que é muito diferente daquela do PC guardado em seu altar como uma relíquia bege e quadrada. Os consumidores e trabalhadores foram agarrados, ele diz, por uma “revolução dos aparelhos descolados.”

Mas essas engenhocas são apenas metade da batalha da Microsoft. É verdade, as garotas ficam obcecadas com um novo laptop que possa caber em suas bolsas e com qual será seu estilo. Os viajantes corporativos, enquanto isso, emanam orgulho quando sacam computadores ultrafinos com acabamentos exóticos de sua pasta. Contudo, os aparelhos mais desejados hoje em dia são aqueles que também permitem que os viciados em informação se desprendam do desktop e se comuniquem através da chamada “nuvem computacional” enquanto transitam por aí.

Com a chegada esta semana do Windows 7 e dos computadores modernos que o complementam, a Microsoft pretende dar um fim às propagandas da Apple que taxam como chatos os PCs e seus usuários. Ozzie, que tem um papel de visionário e estrategista na Microsoft, diz que o Windows 7 permitirá que os PCs acompanhem o ritmo de outros aparelhos de computação e, em resumo, finalmente os tornará atraentes.

Disputando um espaço da nuvem computacional, a Microsoft planeja lançar no próximo mês uma plataforma de software, o Windows Azure, que procura seduzir empresas com serviços online. Embora esteja chegando atrasada à computação em nuvem e seja uma participante sem brilho do mercado móvel, a Microsoft, diz Ozzie, tem uma chance de se reinventar e ir além do desktop.

“Isso nos dá a oportunidade de renovar nosso valor como uma vendedora de softwares”, ele diz. “Acho simplesmente que estamos num momento excitante para a Microsoft.” Por muitos anos, a Microsoft e seus líderes puderam fazer declarações arrebatadoras como essa com pouca resistência do público. A Microsoft incorporava a indústria da tecnologia e era uma grande árbitra das ferramentas que as pessoas usavam para conduzir negócios e navegar pela era digital.

Hoje em dia, no entanto, a Microsoft tem legiões de céticos. Embora ainda domine uma posição lucrativa e eminente da computação, especialistas de marcas dizem que os consumidores hesitam ao tentarem descrever o que a companhia representa e se ela pode criar um futuro tecnológico mais grandioso.

“A Microsoft meio que desapareceu de cena”, diz Regis McKenna, especialista de marketing e estratégia do Vale do Silício. “De tempos em tempos, eles lançam uma versão tardia do Windows ou algo do tipo. De modo geral, acho que o mercado está focado no que a Google e a Apple estão fazendo.”

Críticos da Microsoft dizem que ela subestimou imensamente as mudanças do mercado e se colocou em um curso longo e tortuoso em direção à irrelevância. A empresa continua presa demais às suas velhas franquias de desktop, eles dizem – lentas demais, previsíveis demais e, bem, Microsoft demais.

“Eles estão presos à sua própria psicose de que o mundo deve girar em torno do Windows no PC”, diz Marc Benioff, CEO do Salesforce.com, que compete com a Microsoft no mercado de softwares corporativos. “Até eles pararem de fazer isso, vão continuar levando a companhia para a sarjeta.”

Embora Ozzie saúde a revolução dos aparelhos descolados, a maior parte do que isso parece acarretar vai contra os pontos fortes históricos da Microsoft. A revolução vai muito além de um fascínio pelo apelo estético de um aparelho de computador; ela também marca uma transição na qual o consumidor, não o funcionário de escritório, é a força dominante que molda a paisagem tecnológica.

Consumidores hoje compram mais PCs do que empresas, e suas demandas e desejos por aparelhos mais atraentes invadiram os cubículos de escritório. A linhagem atual de consumidores mostrou uma capacidade de transformar algo como o iPhone da Apple em uma sensação do dia para a noite, exigindo que as companhias abraçassem o aparelho.

O Google, enquanto isso, usa sua influente ferramenta de busca online e propriedades do YouTube para apresentar às pessoas seus softwares de e-mail, documentos, planilhas e calendário, e o Facebook fornece inspiração para fabricantes de softwares corporativos.

Para a Google, ganhar consumidores é vital para sua estratégia de se infiltrar em corporações e reduzir o negócio central da Microsoft. “Somos a próxima geração”, diz Dave Girouard, presidente da divisão de produtos corporativos da Google. “A grande diferença em tecnologia aqui é o ritmo da inovação.”

Embora a internet e os aparelhos conectados em rede não sejam novidade, a capacidade de obter dados da web estando em qualquer lugar – a chamada computação em nuvem – começou a se popularizar entre consumidores e empresas de uma maneira mais significativa. À medida que esses serviços se tornam mais populares, o domínio da Microsoft sobre a computação se afrouxa, dizem seus críticos.

“Eles não são mais a companhia que já foram em termos de posição de mercado”, diz Bruce R. Chizen, ex-funcionário da Microsoft e ex-CEO da Adobe Systems, fabricante de softwares de edição. “Eles não detêm mais o monopólio do que é crucial para o futuro da computação.” Ballmer, Ozzie e outros na Microsoft veem as coisas de maneira bem diferente e durante o último ano argumentaram que os próximos lançamentos de softwares para PCs, centros de dados, aparelhos móveis e consoles de jogos irão confirmar exatamente como a Microsoft continuará sendo uma força central da paisagem tecnológica.

Ballmer afirma que a Microsoft é a única companhia preparada e posicionada para se fundir à computação a partir de suas duas pontas – o desktop e a nuvem. “Estamos investindo mais amplamente do que qualquer outra empresa”, ele diz, acrescentando que, quando se trata de software, “quero que inventemos tudo que seja importante no planeta.”

Especialistas e investidores estão prontos para julgar se Ballmer ficará à altura dessas afirmações e, no final, sua gestão poderá ser avaliada com base em quão bem sua empresa flutuar sobre a nuvem. Como quase todas as companhias no setor de PCs, a Microsoft foi atingida por uma queda histórica na venda de computadores durante a recessão.

Ao longo do ano passado, a companhia foi abatida por uma série de momentos inéditos. Em janeiro, ela começou um processo de demissão de cinco mil pessoas – seu primeiro grande corte de pessoal. Isso sucedeu suas primeiras quedas de vendas do Windows e precedeu sua primeira queda anual de receita.

Apesar desses empecilhos, a Microsoft continua gerando lucros que causam inveja à indústria tecnológica. Em julho, a companhia encerrou seu ano fiscal com uma queda de receita de 3%, ficando em US$ 58,4 bilhões, mas ainda assim garantindo um lucro de US$ 14,6 bilhões. A Microsoft tem um fundo reserva de US$ 31,45 bilhões, incluindo dinheiro e investimentos de curto prazo, e suas ações se recuperaram de uma baixa de US$ 14,87 em março – seu preço mais baixo em mais de 10 anos – e são vendidas hoje a US$ 26,50.

Os executivos da Microsoft dizem que empresa colocou a casa em ordem, pondo um fim a produtos pesados e tardios como o primeiramente desdenhado e depois ignorado Windows Vista. Se uma recuperação econômica ampla ocorrer, a sorte da Microsoft aumentará como sempre aconteceu em tempos mais prósperos.

“Acredito de fato que a Microsoft consiga se beneficiar dramaticamente com a retomada da economia”, disse Marilyn J. Dicks-Riley, chefe-executivo do Lynmar Capital Group, que comprou mais de 800 mil ações da Microsoft no início deste ano. “Somos da opinião que a Microsoft está comprometida com a inovação de longo prazo.”

A Microsoft tem, na verdade, uma gama fascinante de apostas de longo prazo. A companhia reservou quase US$ 10 bilhões para gastos com pesquisa e desenvolvimento ao longo do próximo ano. Esses fundos envolvem o trabalho em softwares para desktop e centro de dados, ferramentas de desenvolvimento, sistemas de assistência médica, consoles e jogos de videogame, tocadores de música, telefones e softwares telefônicos, propriedades da web e produtos corporativos de colaboração. Na busca online, a Microsoft revelou uma bem-recebida ferramenta chamada Bing e prometeu gastar o que for preciso para avançar significativamente no principal negócio da Google.

Alguns investidores afirmam que a Microsoft está colocando dedos em muitas tortas, desenvolvendo produtos demais. A empresa está lutando para agradar ao mesmo tempo consumidores e clientes corporativos.

Apesar de sua caçada pela próxima novidade em tantas áreas, a Microsoft muitas vezes se encontra no papel de seguidora, tentando comprar sua entrada em mercados que outras companhias dominam. “Essa costumava ser a companhia para a qual todos olhavam em busca de inovação e entusiasmo”, disse James R. Gregory, chefe-executivo da CoreBrand, uma consultoria de marcas. “Ela perdeu essa inovação de uma maneira bem convincente.”

Segundo um novo estudo da CoreBrand, a reputação da Microsoft e a percepção de sua gestão e potencial de investimento decaiu ao longo de uma década, com uma aceleração desse declínio nos últimos cinco anos.

Ballmer admite que alguns dos acionistas da Microsoft discordam da insistência longa e custosa em negócios como tocadores de música e ferramentas de busca online. Mesmo assim, ele permanece comprometido com um curso de ação amplo. “Acho que muitas empresas em nosso negócio desistem das coisas muito rápido, na minha opinião”, ele disse.

Mas para a Microsoft, fazer apenas o básico tem sido problemático. A empresa lançou o sistema operacional Windows Vista em 2007, que foi amplamente ridicularizado. O software chegou com anos de atraso e havia perdido muitos de seus planejados atributos inovadores.

O trunfo de vendas primário da Microsoft em relação a uma especialista estreita como a Apple tem sido há tempos o fato de oferecer opções e agradar às massas. E, no entanto, a Microsoft não conseguiu fazer com que o Vista funcionasse bem com o hardware e o software de seus parceiros.

“Estávamos tentando fazer muitas mudanças de um modo rápido demais”, Ballmer diz. “Assim, para mim a questão não foi que não sabíamos fazer hardwares e softwares trabalharem juntos ou algo do tipo. A questão foi que tentamos fazer coisas demais.”

A Microsoft enfrenta dificuldades no mercado de telefones portáteis. Por muitos anos, a companhia vendeu softwares para uma ampla gama de telefones, mas Ballmer tem se decepcionado com sua divisão móvel, particularmente quando aparelhos como o iPhone surpreendem a companhia.

Embora a Microsoft tenha tentado impulsionar seu negócio de telefonia por meio de aquisições e desenvolvimento interno, ela ainda está a meses de anunciar os frutos de um projeto, com o codinome Pink, para revitalizar sua tecnologia de telefonia. E antigos funcionários da empresas afirmam que o Pink, como tantos esforços da Microsoft, está sendo atrasado por burocracia e concessões.

Ainda pior, os principais executivos da Microsoft se preocuparam recentemente com a repercussão negativa entre os consumidores de uma perda, causada pela companhia, de dados pessoais ligados aos serviços de telefonia da T-Mobile USA – especialmente com qualquer receio que o incidente tenha levantado sobre seu telefone móvel, nuvem computacional e questões de segurança.

Mas a Microsoft pode apontar para lugares em que suas grandes apostas valeram a pena. O Bing tem uma nova abordagem de busca, dando aos consumidores uma interface mais lustrosa e, muitas vezes, resultados mais detalhados do que os encontrados com o Google. E o console de jogos Xbox e o serviço Xbox Live colocam a Microsoft na dianteira dos jogos online. No ano que vem, a Microsoft deverá lançar o Project Natal, um sistema de computador que permite que as pessoas usem seus corpos ao invés de controles para jogar.

A Microsoft diz que a nuvem computacional age como um complemento natural aos seus produtos tradicionais de software, e a companhia frequentemente fala sobre a estratégia de “três telas e uma nuvem” – que envolve computadores, telefones e TVs, todos conectados aos mesmos serviços.

“Diria que existe uma mudança clara na plataforma fundamental da computação”, Ballmer disse. “A nuvem agora não é apenas a internet; ela é realmente um recurso fundamental da computação que está sendo pensado e enxergado de uma maneira diferente.”

Mas a nuvem apresenta à Microsoft uma série de desafios ao seu modelo confiável de vendas de softwares para desktops e servidores, que gera taxas de licença lucrativas. Rivais em ritmo acelerado como Salesforce, Amazon e Google esperam reduzir seus preços enquanto acrescentam atributos de software a cada poucas semanas ou meses, ao invés de anos, como a Microsoft tem feito. Os executivos da Microsoft reconhecem que a companhia talvez tenha protelado, lambendo suas feridas e tentando descobrir como se comportar sob o escrutínio de anos de batalhas judiciais de antitruste.

“Passamos a ser uma companhia madura, mas talvez boazinha demais em alguns aspectos, e não se movendo rápido o bastante em algumas coisas”, disse Bob Muglia, funcionário da Microsoft há 20 anos e presidente de seu negócio de softwares de servidores. Os rivais agora simplesmente desprezam a Microsoft como sendo uma retardatária ao invés de criticá-la como o Império do Mal dos anos 1990. Em seu lugar está a Google, que agora tem o manto da Microsoft de monstro tecnológico que dá as cartas do jogo e que também é cada vez mais vista como uma concorrente dominante, cujo poder levanta preocupações.

A ascensão da Google colocou a Microsoft, pelo menos parcialmente, no papel de cavaleiro branco que lhe é pouco familiar. “Até recentemente, a Microsoft era o único império”, diz Nicholas G. Carr, autor que narrou a ascensão da computação em nuvem. “Agora, acho que existem impérios da internet tanto quanto do PC, e eles estão colidindo.”

Em um esforço para continuar a refazer sua imagem, a Microsoft está atraindo jovens desenvolvedores e startups de computação em nuvem. Os executivos da companhia reconhecem que perderam contato com esses públicos cruciais, à medida que o software de fonte aberta foi se transformando no padrão para pessoas que buscam criar a próxima onda de aplicativos e serviços.

Hoje em dia, a Microsoft cede o negócio de softwares a estudantes e deixa que algumas startups usem seu software gratuitamente. “Eles ficaram com medo”, disse Bryan Trussel, ex-executivo da Microsoft e agora presidente da Glympse, uma startup de softwares móveis. “Acho que agora eles entenderam, mas a questão é quão atrasados eles estão.”

Os executivos da Microsoft atacam livremente os aplicativos online para escritório da Google e o seu sistema operacional planejado, o Chrome OS. Eles também lembram para quem quiser escutar que ainda estamos no início da era da computação em nuvem e que coisas como os serviços de centro de dados online da Amazon são meramente curiosidades atraentes.

Segundo Ballmer, o público tem a tendência de se entusiasmar com o sucesso de um aparelho como o iPhone ou o serviço de busca da Google e subestimar as complexidades que provêm da tentativa de conectar consumidores e clientes corporativos no mundo de hoje. Existe a noção, ele diz, de que “quem é forte na única coisa que funciona na nuvem deveria, por tabela, controlar a nuvem. Ou quem controla um aparelho deveria controlar todos. Nada disso funciona assim tão bem.”

A Microsoft tem décadas de experiência na criação de softwares, atraindo desenvolvedores e interagindo com empresas em uma escala que seus concorrentes ainda não vivenciaram. Seus investimentos em softwares para televisões, telefones e computadores ultrapassam o de todos os seus rivais. E a empresa pretende aplicar esses pontos fortes em uma gama de softwares e serviços.

Por sua vez, a Google diz que possui dois milhões de empresas que usam seus aplicativos online hoje e que esse negócio produz “algumas centenas de milhões de dólares em receita” por ano e gera lucro. A Amazon, enquanto isso, tem consumidores como Pfizer e Nasdaq utilizando seus serviços de centro de dados, ao passo que o serviço concorrente da Microsoft ainda está a semanas de ser lançado.

“Acho que a Microsoft está se movimentando muito lentamente enquanto transfere pelo menos parte de seu negócio para a nuvem”, Carr disse. “Isso parcialmente se deve à sua cultura corporativa, mas acho que a maior parte se deve à tentativa de proteger negócios muito lucrativos com altas margens de lucro.”

Os investidores da Microsoft começaram a impor prazos para a companhia, esperando que seu software tradicional tenha sucesso e pague por uma visão mais grandiosa que precisa se materializar o mais rápido possível. “Estou disposto a dar à gestão atual mais 15 meses,” diz Dicks-Riley da firma de investimento. Mesmo os críticos mais ferozes da Microsoft consideram a companhia em si durável. “Eles não vão desaparecer enquanto existirem PCs”, Benioff afirma. “Mas eles também não estão proporcionando o futuro da nossa indústria.”

Os executivos da Microsoft falam de maneira muito mais pragmática. Laptops modernos, serviços em nuvem e celulares sofisticados, todos beneficiam o ponto forte da empresa de fabricar softwares que centenas de milhões de pessoas podem usar. As tendências vêm e vão, mas o alcance da Microsoft e a capacidade de atuar em uma escala grandiosa permanecem constantes.

“Nunca podemos nos tornar complacentes, porque assim que a transformação dos serviços atinge um ponto, a próxima transformação aparece”, Ozzie disse. “É assim que nossa companhia funciona.”

Tradução: Amy Traduções

The New York Times

 A Vivo espera ter um total de 12 mil km de novas redes ópticas compartilhadas com outras operadoras até 2012, afirmou nesta quinta-feira o presidente da empresa, Roberto Lima.

Sem revelar o volume de investimentos, Lima disse que o primeiro trecho ligando a região Sul do país a São Paulo, de 4.500 km, já está pronto.

Trata-se de uma parceria com a operadora móvel Claro e a de longa distância Embratel, ambas controladas por empresas do magnata mexicano Carlos Slim.

Pelo modelo, explicou Lima, cada parceiro ficou responsável pela construção de 1.500 km de rede e sua administração. As partes, então, foram interligadas para compartilhamento, gerando economias para as companhias.

Lima não informou quais serão os parceiros da Vivo nos outros dois trechos, um de 4.500 e outro de 3.000 km. O executivo disse que as ampliações das redes de fibra óptica de transmissão são necessárias por causa da crescente demanda por serviços de telefonia móvel 3G.

Reuters

Estreará esta semana a primeira campanha brasileira para produtos Apple. A ação foi criada pela agência IDTBWA e será 100% online. A publicidade será voltada para a divulgação da recém-inaugurada Apple Store Brasil (loja apenas online).

As peças foram criadas pela agência em São Paulo e enviadas para a aprovação do cliente em Los Angeles, e veicularão prioritariamente em sites de tecnologia, inicialmente por 15 dias, segundo a versão online do jornal Meio & Mensagem.

Um estudo do projeto Inter-Meios mostrou que os investimentos em anúncios online no Brasil cresceram 22,8% no primeiro semestre, e que a web foi a mídia que apresentou maior crescimento em faturamento publicitário neste ano, um resultado do aumento de internautas brasileiros e da popularização da rede entre as classes C e D.

A loja da Apple já está funcionando e oferece brindes, como gravações personalizadas e bolsas exclusivas.

 

Geek

 

De olho na velocidade do acesso à Internet

Publicado: 15 de outubro de 2009 em Negócios & TI

Quanto mais a Internet faz parte do nosso dia a dia, mais serviços passamos a utilizar da rede mundial. Além dos tradicionais serviços de e-mail, navegação WEB e mensagens instantâneas (ICQ, MSN, Jabber, etc) agora também podemos realizar ligações telefônicas (VoIP) ou ver nosso interlocutor pela Internet através das WebCam’s.

Todas estas novas funções resultam em mais informações enviadas e recebidas através do acesso à Internet e explica a busca, pelos internautas, de conexões de alta velocidade como a banda larga.

Mas como ter certeza de que o acesso contratado fornece a velocidade indicada no seu “rótulo”. Será que seu provedor realmente fornece a velocidade que você solicitou?

Para responder a estas perguntas já existem alguns locais na própria Internet que dispõem de testes para avaliar a navegação, e podem dar uma dica de como está a velocidade da sua conexão.

Um bom exemplo é o site Numion. Uma vez feito o acesso ao site, clique na opção “yourspeed” (bem no topo da página). Faça a opção de “Brazil”, como o local onde os acessos serão testados. Logo abaixo você poderá escolher a duração do teste (10, 20 ou 30 segundos, 1 ou 5 minutos) e se o mesmo deverá ser repetido após um certo intervalo de tempo. Ao terminar de fazer a configuração do teste clique no botão “Start”.

Durante o teste, você verá que serão disparados uma série de acessos, a partir de seu browser, a sites muito visitados, no Brasil ou exterior, como UOL, Terra e AOL, dependendo da sua escolha.

Após executar estes acessos o Numion emite um relatório bastante detalhado, incluindo alguns gráficos, sobre a performance de sua conexão à Internet. Realmente muito bom.

Outras opções são o site do Medidor, o site da Intel, este com uma calculadora para você calcular o tempo de transmissão de um arquivo e o Velocímetro. Este último hospedado em um provedor nacional. Basta o acesso ao link e, após alguns instantes, será exibida a velocidade medida no seu acesso à Internet.

É bom lembrar que as velocidades podem variar bastante conforme o horário do dia ou dia da semana. Assim, sugiro que você faça vários testes em momentos diferentes para ter uma idéia mais completa e que reflita a sua realidade.

Um  abraço e até a próxima.

Projeto aprovado nesta quarta-feira pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado obriga os proprietários de lan houses a manter um cadastro de usuários.

O banco de dados deverá ter o nome e o número do documento de identidade do usuário, assim como a identificação do computador e o período em que ele foi utilizado.

Esses dados deverão ficar guardados pela lan house por um prazo de três anos. A proposta ainda assegura o sigilo das informações, que poderão ser divulgadas apenas por determinação judicial.

A forma de armazenamento e de apresentação dos dados ainda terá de ser regulamentada.

A proposta segue direto para a Câmara e, se for aprovada sem alterações, vai à sanção presidencial.

 A Amazon.com entregou a mais de 200 universitários o seu leitor eletrônico, o Kindle. A intenção é fazer com que os estudantes experimentem a diferença do peso em suas mochilas, ao trocarem os livros convencionais pelo aparelho que disponbiliza o conteúdo de estudos online.Porém, para muitos estudantes, algumas facilidades oferecidas pela folha de papel fazem falta na hora dos estudos: sublinhar frases, selecionar páginas com clips e papéis para anotações ou escrever nas margens não são atividades possíveis em um leitor eletrônico.

“Gosto de poder escrever no papel e escrever qualquer coisa que me venha na cabeça”, disse Claire Becerra, aluna da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos.

Becerra disse que tentou digitar notas no teclado pequeno do Kindle, mas, quando leu mais tarde, elas estavam cheias de erros e sem sentido. Depois de um mês, disse que escreve bem menos notas, e utiliza muito mais o Kindle como ferramenta para destacar frases.

A Amazon.com tem a ideia de adaptar o Kindle para o uso em ambientes acadêmicos, onde ele poderia ajudar a reduzir os gastos com o custo elevado dos livros didáticos. O DX Kindle, com uma tela maior do que o modelo usual, sai pelo valor de US$ 489, porém, os livros digitais podem custar menos da metade do que valem as impressões em papel.

Quando a The Associated Press (AP) foi a cinco das universidades onde foram distribuídos o Kindle de forma experimental para perguntar aos alunos se eles gostaram ou não – as respostas não foram muito entusiasmadas.

A maioria disse que gostava da perspectiva de ter acesso a qualquer hora pelo Kindle às leituras solicitadas no semestre letivo e de poder baixar livros e outros materiais pela internet, quando o aparelho está conectado a um computador pessoal. Porém, diversos alunos relataram que não lhes agradava ter de escrever em um teclado pequeno, junto a uma tela de 24,6 cm.

Madeline Kraizel, uma caloura da Universidade de Case Western Reserve, em Cleveland, reuniu três páginas do Kindle com lembretes de textos de seu livro de química. Ela afirma que gostaria de saber como poder organizá-los de uma melhor forma.

Os cerca de dez alunos entrevistados pela AP disseram gostar da rapidez do dispositivo e de sua leveza, já que ele pesa um pouco mais que 45 g. Muitos se mostraram dispostos a ignorar as dificuldades técnicas, se isso significasse se livrar do peso dos livros em suas mochilas.

A maioria teve que comprar e carregar os livros que não tinham seus conteúdos disponíveis no Kindle.

Os alunos também ficaram impressionados com a tela de “tinta eletrônica”, que, de acordo com a Amazon.com, cansa menos os olhos que quando lemos em um monitor de computador. No entanto, o Kindle não se auto-ilumina, o que desapontou estudantes que desejavam ler no ônibus, durante a madrugada.

Terra Argentina

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 A Microsoft anunciou nesta quarta-feira que vai disponibilizar gratuitamente uma ferramenta de atualização que permite aos usuários do pacote de softwares Office 2007 trabalharem com as regras do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que entrou em vigor no início deste ano.De acordo com o comunicado da empresa, a adequação às novas regras da língua servirá aos revisores de texto do Microsoft Office 2007, nos quais serão atualizados os verificadores gramatical e ortográfico, além do dicionário de sinônimos.

Para que o produto funcione corretamente é necessário que o computadores funcionem a partir de sistemas operacionais com suportes como Windows Server 2003, Windows Vista ou Windows XP.

Depois de instalado, o usuário pode testar se as configurações ficaram devidamente atualizadas. “Digite a palavra contigüidade e verifique a ortografia. Essa é a ortografia correta de acordo com as regras ortográficas pré-reforma. Se a palavra ‘contiguidade’ for marcada como incorreta, o padrão será pré-reforma. Se a palavra contiguidade for marcada como incorreta, o padrão será pós-reforma. Se ambas estiverem corretas, o padrão permitirá ambas as ortografias”, orienta a empresa no comunicado.

As informações sobre a atualização estão disponíveis no site http://www.microsoft.com/brasil/reformaortografica.

Redação Terra